Resumo do livro Have a Beautiful Terrible Day by Kate Bowler

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1. Uma nova abordagem para os altos e baixos da vida.

“Permaneça positivo” tornou-se um mantra para lidar com todos e quaisquer desafios da vida. É bem-intencionado, mas a realidade das ansiedades cotidianas e as reviravoltas imprevistas da vida podem fazer com que esses conselhos pareçam superficiais, até mesmo desdenhosos. Não é de admirar: a busca incansável pela felicidade muitas vezes deixa pouco espaço para reconhecer a complexa trama de emoções humanas, especialmente aquelas que não são tão brilhantes e alegres.

Este resumo oferece um afastamento revigorante da tarifa usual de autoajuda que ousa mergulhar na bagunça da vida através de lentes espirituais. Escrito para aqueles que estão cansados da positividade forçada, oferece reflexões espirituais e orações que abrangem todo o espectro da experiência humana, invocando a orientação divina. Esteja você navegando pelos altos e baixos, ou pela vasta extensão de mediocridade intermediária, essas pequenas meditações e passos práticos, enraizados na fé, prometem guiá-lo até mesmo nos piores dias com graça e resiliência. No entanto, é importante notar que os temas religiosos presentes neste resumo podem não ressoar em todos. Portanto, embora ofereça uma perspectiva única, pode não agradar a todos.

2. A ansiedade vem em diferentes formas e tamanhos

A vida é cheia de incertezas e dificuldades. Isso pode nos fazer sentir assustados ou ansiosos de diferentes maneiras. Esses sentimentos podem ser agrupados em três tipos principais: o medo de grandes acontecimentos que mudem o mundo; a preocupação constante com o que pode acontecer devido às nossas escolhas; e a dor, tanto física quanto emocional, que pode nos fazer sentir muito sozinhos.

O medo de grandes eventos vem de ver quão frágeis são os sistemas do nosso mundo. Notícias sobre o agravamento do ambiente, tratamento injusto com base na raça e pessoas que perdem a confiança em instituições importantes lembram-nos que grandes problemas podem perturbar as nossas vidas inesperadamente. É como estar à beira de uma grande mudança que pode revelar verdades ocultas, mas também trazer destruição.

A um nível mais pessoal, muitas vezes nos preocupamos com os resultados das nossas escolhas. Esse tipo de ansiedade está sempre conosco, fazendo-nos duvidar de nossas decisões e nos sentir paralisados. É como carregar um fardo pesado que nos faz sentir expostos e vulneráveis o tempo todo.

Para alguns, o medo está profundamente ligado à dor. Isto pode fazer com que se sintam muito isolados, pois lutam com sentimentos com os quais os outros parecem não se preocupar, como as preocupações do dia a dia. Encontrar alívio para essa dor é difícil, e apenas breves momentos de distração proporcionam alguma fuga.

Enfrentar esses medos e viver bem apesar deles é um grande desafio. Significa avançar pela vida onde o medo e a realidade muitas vezes se misturam, testando a nossa força todos os dias. Porém, não se trata de se livrar completamente do medo – trata-se de aprender a conviver com ele. Isto envolve crescer, compreender mais sobre nós mesmos e encontrar um pouco de paz em meio à turbulência. Nas próximas seções, veremos maneiras de viver uma vida plena mesmo quando o medo e a ansiedade estão sempre presentes, na esperança de compreender melhor esses sentimentos e como eles afetam nossas vidas.

3. A resposta para a ansiedade não é mais controle – é comunidade

Quando passamos por momentos difíceis cheios de ansiedade e medo, há um ditado comum que sempre aparece: “A única coisa que você pode controlar é como você reage”. Esta ideia salienta que temos o poder de escolher as nossas respostas, mesmo quando as coisas estão difíceis. No entanto, esse mantra não consegue captar o quão difíceis as coisas podem parecer. Às vezes, ficamos simplesmente sobrecarregados e nos sentimos completamente fora de controle, como se estivéssemos sendo arrebatados pelo que está acontecendo conosco.

Admitir “perdi o controle – isso é demais para mim” não é apenas compartilhar um momento vulnerável – é um grande passo. Está dizendo, em alto e bom som, que somos humanos e que às vezes as coisas são maiores do que podemos lidar sozinhos. Não se trata de desistir – trata-se de enfrentar corajosamente a verdade e pedir ajuda.

Naqueles momentos em que tudo parece estar desmoronando, quando parece que o mundo está desmoronando ao nosso redor, pedir ajuda – talvez até esperando por um milagre – torna-se uma luz na escuridão. Não se trata de evitar as nossas responsabilidades – trata-se de perceber que algumas situações estão fora do nosso controle e que não há problema em procurar apoio além de nós mesmos.

A vida pode mudar muito rápido, tirando nosso senso de controle e nos deixando perdidos. É aí que nos dizem para apenas “controlar sua reação” não se ajusta perfeitamente à profundidade de nossos sentimentos. Querer um sinal, uma ajuda, mostra o quanto precisamos nos sentir conectados, saber que não estamos enfrentando esses desafios sozinhos.

Esta jornada através de tempos difíceis também nos faz pensar por que muitas vezes hesitamos em pedir ajuda – como se isso fosse um sinal de fraqueza. Incentiva-nos a estender a mão, a partilhar os nossos problemas, o que não se trata apenas de obter ajuda, mas de criar ligações baseadas na empatia e na partilha de experiências.

Portanto, lidar com os desafios da vida é aceitar a nossa situação, procurar apoio e compreender que é normal sentir-se vulnerável. É um lembrete de que, durante tempos difíceis, há uma oportunidade de nos conectarmos com outras pessoas, de estender a mão e de encontrar força não apenas em nós mesmos, mas junto com outras pessoas que também estão navegando em suas tempestades.

4. Só podemos ajudar os outros quando ajudamos a nós mesmos

Na correria da vida, onde muitas vezes colocamos as necessidades dos nossos entes queridos antes das nossas, é fácil perder de vista quem somos. Cuidar dos outros, principalmente quando eles realmente precisam de nós por idade, saúde ou outros motivos, é importante, mas pode nos fazer esquecer nossos próprios sonhos e desejos. Isso não significa que sejamos menos valiosos ou que nossa própria jornada não seja importante.

Há uma bela ideia, inspirada tanto pela sabedoria espiritual como por pensadores como o pensador espiritual e monge americano Thomas Merton, de que o trabalho da nossa vida não consiste apenas em existir ou ajudar os outros. Trata-se também de trabalhar em conjunto com um poder superior para moldar o nosso próprio caminho único. Isso nos lembra que não há problema em prestar atenção às nossas próprias necessidades, mesmo quando estamos ocupados cuidando dos outros.

Dito de outra forma, é importante reservarmos um tempo para nós mesmos, para redescobrirmos quem somos além de nossos papéis na vida de outras pessoas. Essa ideia é um empurrãozinho para não deixarmos que nossas próprias necessidades e sonhos desapareçam no barulho do cuidado com os outros. O nosso próprio bem-estar, as coisas que nos fazem felizes e nos dão paz, são igualmente importantes.

Cuidar de nós mesmos também não precisa ser uma grande provação. Pode ser tão simples quanto descansar o suficiente, comer bem ou dar boas risadas regularmente. Algo tão pequeno como colocar lembretes para fazer uma pausa ou fazer algo que gostamos pode fazer uma grande diferença para nos manter conectados com quem somos.

Equilibrar o cuidado dos outros com o cuidado de nós mesmos pode ser uma questão delicada. Trata-se de reconhecer nosso próprio valor e nos dar permissão para atender às nossas necessidades. Este equilíbrio ajuda-nos a encontrar a paz interior em meio às exigências da vida, mantendo-nos fiéis a nós mesmos enquanto apoiamos aqueles que nos rodeiam. Cuidar de nós mesmos não é egoísmo – é essencial para que possamos dar o nosso melhor aos outros. Esta jornada de autocuidado e descoberta é crucial, não apenas para o nosso próprio bem-estar, mas também para nos permitir envolver e apoiar plenamente os nossos entes queridos.

5. É a coragem de mudar, e não as mudanças que fazemos, que melhora as nossas vidas

A vida pode ser muito complicada, especialmente quando você lida com preocupações diárias que parecem não desaparecer. É como tentar empurrar uma pedra enorme colina acima, mas ela rola para baixo a cada vez. Há uma mensagem na Bíblia, em Isaías 43:19, que fala sobre encontrar novos caminhos e esperança mesmo quando as coisas parecem muito difíceis, como estar preso no deserto. Mas realmente fazer mudanças em nossas vidas, tentar ser melhores ou diferentes de alguma forma, é difícil. Parece que estamos andando em círculos, tentando e depois sendo derrotados pelo quão difícil a vida pode ser.

A ideia de fazer uma grande mudança parece quase demais para ser assumida. Traz à tona todos os nossos fracassos passados ​​e as coisas sobre nós mesmos que parecemos não conseguir consertar. Mas existe esse conceito de dar pequenos passos em vez de procurar um grande salto para resolver tudo. É aparecer, tentar aos poucos enfrentar nossos medos e seguir em frente, mesmo quando for muito difícil.

Apenas decidir tentar, realmente tentar, mesmo que estejamos com medo, pode mudar as coisas para nós. Cada pequeno esforço, cada pequeno movimento que fazemos, começa a aumentar a nossa confiança. Nos ensina que podemos continuar, mesmo quando as coisas estão difíceis. Há uma oração que acompanha essa ideia, pedindo ajuda não para tornar tudo mais fácil magicamente, mas para nos dar forças para continuar tentando, para dar esses pequenos, mas importantes passos em frente.

Toda essa ideia é estar pronto. Prontos para admitir que sim, estamos com medo e sim, já falhamos antes, mas ainda estamos dispostos a dizer: “Estou pronto para tentar novamente”. Essa prontidão não significa acertar tudo de repente ou fazer grandes mudanças da noite para o dia. É ter coragem de enfrentar cada novo dia com um pouco de esperança, acreditar que as coisas podem melhorar aos poucos e ver o valor de cada esforço que fazemos, por menor que seja.

Essa forma de pensar não promete uma solução fácil para nossas preocupações ou uma maneira rápida de mudar tudo. Em vez disso, mostra-nos o valor do próprio esforço. Incentiva-nos a dar esses pequenos passos, a continuar a tentar face aos desafios diários e a valorizar as pequenas vitórias que alcançamos ao longo do caminho.

6. Exercícios respiratórios podem ajudar a nos acalmar em momentos difíceis

Quando passamos por momentos realmente difíceis ou enfrentamos eventos repentinos e dolorosos, parece que o próprio tempo desacelera, fazendo com que cada momento pareça mais longo e difícil de lidar. Esses momentos nos mostram o quão frágeis realmente somos, especialmente quando acontecem coisas que simplesmente não podemos controlar. Isso nos lembra que apenas ser inocente ou bom não nos protege de coisas ruins que acontecem.

O escritor inglês T.H. White falou sobre como estes tempos difíceis nos fazem enfrentar a nossa própria impotência. É quando estamos no nível mais baixo que muitas pessoas encontram conforto na oração. Não se trata de pedir uma solução rápida, mas sim de pedir paz, compreensão e ajuda para se acalmar quando tudo parece demais.

Este tipo de oração consiste em expressar o quanto estamos assustados, sentindo o medo em nosso corpo e desejando que ele pare. É mais uma questão de esperar que alguém esteja conosco em nossa dor, oferecendo um pouco de esperança, do que encontrar uma solução direta. A oração é pela paz no caos, por uma pausa no medo enquanto esperamos por tempos melhores.

Há também uma maneira simples, mas poderosa, de nos sentirmos um pouco mais no controle: concentrando-nos na respiração. Prestando atenção à nossa respiração, respirando lenta e continuamente, podemos ajudar a acalmar nossas mentes e corpos. Isso conecta o espiritual ao físico, mostrando-nos que somos mais fortes do que pensamos, mesmo quando estamos com medo.

Estas orações e práticas não prometem fazer com que todos os nossos problemas desapareçam. Mas oferecem-nos formas de os ultrapassar: através da oração por aqueles que nela encontram conforto e através de exercícios respiratórios para ajudar a encontrar alguma paz e estabilidade. Trata-se de enfrentar os tempos difíceis com um pouco de esperança e encontrar maneiras de aguentar até que as coisas melhorem.

7. Resumo final

A ansiedade cotidiana reflete um confronto profundo com o nosso desamparo. Mas existem mecanismos de sobrevivência que podem ajudar – por exemplo, o consolo espiritual encontrado na oração, que enfatiza não a procura de soluções instantâneas, mas um apelo à paz e à compreensão. Abordagens práticas, como a respiração consciente para recuperar o controle em meio ao caos, também podem acalmar nossas mentes ansiosas e aceleradas. A chave para lidar com a ansiedade, no entanto, é aceitar a nossa vulnerabilidade e encontrar resiliência através de esforços pequenos e constantes e do abraço da comunidade.

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